17/12/2020 | Vínculo

Reconhecido vínculo de emprego entre “dealer” e clube de pôquer de Caxias do Sul

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A Sétima Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS)  reconheceu o vínculo de emprego entre uma “dealer” e o clube de pôquer onde ela atuava. As atividades da trabalhadora incluíam manejar a mesa de jogos de pôquer, controlar as apostas e manter a integridade da disputa e a fidelidade às regras do jogo. Segundo entendimento dos desembargadores, na relação entre as partes estavam presentes os requisitos para configuração da relação de emprego, já que o serviço era prestado com pessoalidade, não eventualidade, onerosidade e subordinação. A decisão confirma, no aspecto, a sentença proferida pelo juiz Gustavo Friedrich Trierweiler,  da 2ª Vara do Trabalho de Caxias do Sul.
Ao ajuizar a ação, a autora alegou que foi contratada por uma lanchonete (segunda reclamada) que alugava o espaço no clube (primeiro reclamado). Informou que exerceu as funções de administradora, ou “dealer”, nas mesas de pôquer do clube, trabalhando em média 15 dias por mês, com salário de R$ 250 por dia trabalhado. Os réus negaram o vínculo empregatício.
O juiz da 2ª Vara de Caxias do Sul pontuou que a prestação de serviços da autora na função de dealer em favor das rés era incontroversa, restando apurar no processo a natureza jurídica dessa relação – se era de trabalho autônomo ou de emprego. Com base no depoimento das testemunhas, o magistrado concluiu que estava demonstrada a existência de subordinação, bem como os outros elementos caracterizadores da relação de emprego, já que havia onerosidade, o trabalho era prestado com pessoalidade e de forma não eventual. O julgador registrou, por fim, que a exclusividade não é requisito para configurar a relação de emprego. 
Nesses termos, o juiz declarou a relação empregatícia com a primeira ré, na função de “dealer” e salário de R$ 200 por dia – valor definido com base na prova testemunhal. Quanto ao segundo reclamado, o magistrado ponderou que “a prova demonstra que havia um consórcio de empregadores, uma vez que ambos se beneficiavam dos serviços da profissional, consoante extraído do depoimento pessoal das empresas. Assim, as reclamadas são responsáveis solidariamente pelas parcelas objeto da condenação, embora, formalmente, a decisão atribua apenas à 1ª reclamada a obrigação de anotação na CTPS”, finalizou. 
As partes recorreram ao TRT 4. Para o relator do recurso na Sétima Turma, desembargador Emílio Papaléo Zin, a prestação de serviços da autora para as rés é um fato inquestionável, que foi confirmado pelas testemunhas ouvidas na audiência. Em consequência, cabia às empresas provar a ausência de pessoalidade, subordinação, eventualidade e onerosidade na relação firmada entre as partes, o que não foi feito. A respeito da responsabilidade do segundo réu, considerou que “ambas as empresas foram beneficiadas pela prestação de serviços da autora da ação, com rateio da arrecadação do jogo”. A Turma manteve, assim, a decisão de reconhecimento do vínculo empregatício, com a condenação solidária das rés.
O entendimento foi unânime no colegiado. Também participaram do julgamento o juiz convocado Joe Ernando Deszuta e o desembargador Wilson Carvalho Dias. Cabe recurso do acórdão ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Fonte: TRT da 4ª Região (RS)  - http://www.csjt.jus.br/web/csjt/noticias3/-/asset_publisher/RPt2/content/id/8485655
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ACORDO DE PRECATÓRIOS

 

9ª RODADA DE CONCILIAÇÃO - MANIFESTAÇÕES DE INTERESSE ATÉ O DIA 15 DE AGOSTO DE 2015.

 

A Procuradoria Geral do Estado do Rio Grande do Sul publicou o Ato Convocatório nº 09/2025/TJRS, para que todos os credores de precatórios expedidos pelo TJRS possam participar da 9ª Rodada de Conciliação de Precatórios.



A manifestação de interesse em receber a proposta de acordo, com deságio de 40% do crédito do precatório, deve ser realizada pelos procuradores/advogados, ATÉ O DIA 15 DE AGOSTO DE 2025.

 

Após análise dos créditos de precatórios, havendo regularidade, a PGE enviará proposta ao credor dentro do processo judicial (EPROC2G), que terá um prazo de 10 dias para aceitá-la ou recusá-la.

 

Importante ressaltar que NÃO há prazo legal para essa análise por parte da PGE, bem como que ao aceitar o acordo - com deságio de 40% - o credor irá para uma NOVA FILA de pagamentos - agora dos acordos - NOVAMENTE SEM PRAZO LEGAL PARA PAGAMENTO.

 

CONFIRA AQUI O EDITAL DO ATO CONVOCATÓRIO Nº 09/2025/TJRS.

 

Caso você seja nosso cliente ou mesmo herdeiro e, haja interesse em manifestar interesse em conciliar seus créditos com deságio de 40%, sem data ou prazo para recebimento, basta mandar um e-mail para atendimento@schorr.adv.br com ASSUNTO: INTERESSE EM CONCILIAR, informando no corpo do texto o número do seu precatório, nome completo, endereço atualizado e telefone, para que possamos entrar em contato de forma célere quando do recebimento da proposta de acordo, considerando que haverá um prazo improrrogável de 10 (dez) dias para aceite ou recusa do acordo.

 

CUIDADO COM OS GOLPES:

 

Nenhum valor é cobrado no processo judicial para participação na rodada de conciliação dos precatórios ou recebimento dos valores, ou seja, ao receber uma ligação ou solicitação via e-mail ou celular NÃO faça nenhum pagamento, pois é GOLPE!

 

 

ATENÇÃO: CLIQUE NOS LINKS E FIQUE POR DENTRO DOS GOLPES VIRTUAIS !

 

* Golpe dos precatórios - OAB/RS

* Golpe dos precatórios - TJRS

 

Rua Félix da Cunha, 1009, conjunto 402, Bairro Moinhos de Vento, CEP 90570-001.

Fone/WhatsApp (51) 32874700.